Sobre mim:
Tenho 67 anos de experiência, e hoje "prefiro ter paz a ter razão" (desconheço o autor). Penso que tudo se encaminha através da "transitoriedade de tudo" (Vinícius de Moraes), sempre para a frente e para cima, não importando o que se pense.
Um único dia em que se "lute", ferindo semelhantes, é um dia irremediavelmente perdido. Porque não existem soluções para nenhuma individualidade, que sirvam ao bem comum. Todas as soluções que resistirão à "transitoriedade", serão as que forem boas para todos, ainda que negociadas. "O combinado não é caro, nem barato, mas é o combinado", assim se dizia antigamente.
Sou a favor do consenso, como solução para os problemas das pessoas, das empresas, da humanidade e do mundo. Quando uma pessoa, ou um grupo, inviabiliza o consenso chuta a verdadeira solução para a frente. E se condena a passar de novo pelo mesmo lugar, de outra forma também transitória.
E finalmente penso que o maior remorso que um guerreiro pode "herdar" de uma guerra, por mais inimigos que tenha matado, é o de ter se negado a trazer um só companheiro ferido nas costas, e ter deixado a confiança dele ser despedaçada pelos "cães".
Resumo da experiência profissional:
Comecei no ramo gráfico, muito antes da chegada dos "PC". Naquela época quase tudo era feito artesanalmente, retoque em fotos com uma lupa, e correção de texto com tiras coladas. Fui desenhista arte finalista e montador de fotolitos. O computador foi criado para texto e o Photoshop era coisa para o futuro ainda distante.
Depois de formado em Administração, trabalhei em empresa estatal por 11 anos, fiz uma carreira meteórica, cheguei rapidamente ao topo de salários da função. Nesse período acumulei conhecimento sobre planejamento e outras ferramentas gerenciais, suficiente para fazer palestras. Mas em alguns anos sobreveio a privatização e as demissões em massa. Eu tinha um salário muito alto e era assessor de diretoria (não subordinava ninguém). Fui incluído, e então resolvi que era hora de não trabalhar mais para ninguém, foi uma guinada e tanto.
Fui vender as minhas pinturas, dar aulas de pintura e desenho, fui artista "de rua", e estive por 7 anos na Feira Turística de Copacabana e no centro do Rio de Janeiro, no Corredor Cultural. Me encantei quando chegaram os computadores. Comecei com os meus sítios, e acabei programador "web", uma continuidade do trabalho de Analista de Sistemas na estatal.
Contudo, o que mais me arrastou foi a inclinação para os textos. No início eram "copies" (não se sabia o que era isso ainda) para os meus espaços na "web" em 2007. E logo começaram a brotar artigos em perfis de rede, poesias em sítios do gênero, contos curtos, e "e-books". Os estilos eram figurativista impressionista nas pinturas, o romântico moderno (Vinícius de Moraes) na poesia, de escritor era e ainda é narrativo e popular, inspirado em Érico Veríssimo, Jorge Amado e Paulo Coelho principalmente, devido aos viéses social e místico. Nos artigos políticos sou apartidário, um crítico do sistema, e portanto de estilo próprio.
Hoje falo muito pouco verbalmente, e escrevo demais, quase não faço outra coisa. Fiz disso a minha profissão definitiva e existencial. Não me considero um elitista, mas cultivo sempre que posso a boa norma do idioma português. Fiz a formação em “Copywriting” na VL (Você Ligado), na primeira edição deste ano, sou portanto um “copywriter” novo, porém com muita estrada na palavra escrita.
Ninguém se engane. A minha verdadeira profissão é a natureza analítica. Pode-se escrever muito bem, ser criativo e persuasivo em maior ou menor grau. Mas penso que sem a capacidade analítica perde-se muita eficiência em qualquer trabalho, erra-se muito antes de acertar.
Há vários anos trago comigo uma ideia que li em algum lugar, e que se enraizou entre as minhas convicções como a semente de uma árvore enorme, cuja sombra protege outros conceitos mais jovens dos excessos do sol: “Não devemos ter ambição em razão do que fazemos, mas sim pelo que já fizemos”... Não é possível separar o conhecimento que só a experiência destila.